sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Desculpem a falta de romantismo, mas amor a distância é uma loteria.

A distância entre Corações. 



Desculpem a falta de romantismo, mas amor a distância é uma loteria. 
Ainda mais quando os dois moram em países diferentes, tão distantes que aquele encontro cinematográfico nunca terá a chance de acontecer.

Ok, você conheceu um cara lá da Noruega, ele é tudo de bom, simpático, educado, lindo e ainda por cima diz que te ama. Maravilha, isso é tudo que muitas mulheres gostariam de ter. O problema é que muitas vezes a relação vive apenas na tela do computador, nas ligações telefônicas, nos emails, e o que deveria ser um conto de fadas acaba virando um sonho tão impossível, que muitas vezes fica difícil de acordar.

Sabe como é, todo mundo sonha com um final feliz.

O amor precisa do contato, precisa do beijo, precisa da convivência. 

Eu tenho uma colega que namorava um francês, os dois costumavam se ver no máximo duas vezes por ano, e para ela aquilo era perfeito. Ele chegava, passava um mês na casa dela, depois ia embora, e continuavam namorando pela internet. 

Ela não se preocupava com o que ele fazia ou deixava de fazer, e ela, como não queria saber de mais ninguém, permanecia fiel enquanto ele estava longe. 

Veja bem, este tipo de relação servia muito bem para os dois, mas quantas pessoas teriam coragem de encarar uma parada assim? 


Sabe, é legal planejar, saber quando vão se encontrar. 

Oras, independente de ser no Maranhão ou Acapulco, se você ama um cara, no mínimo vai querer saber quando poderão ficar juntos. 

Por isso, se você quer realmente viver um romance, saiba que se não fizer nada, se deixar as coisas como estão, com cada um morando em um estado ou país diferente, esse amor pode acabar virando uma eterna espera. 

Agora, e se resolverem viver juntos, você teria coragem de largar tudo só para ir morar com ele? E ele, será que faria o mesmo sacrifício em nome deste amor?

São  questões delicadas, escolhas que devem ser feitas de acordo com o que vivem, daquela coisa de sentir que sim, que vale a pena recomeçar uma vida em outro lugar, desde que seja com alguém que você não apenas ama, mas que confia o suficiente para apostar em algo tão arriscado.
  
Sim, é uma loteria, pois as chances de você quebrar a cara são grandes.

De longe ele pode ser um amor, mas convivendo sob o mesmo teto, ou até mesmo na mesma cidade, sua nova vida pode acabar virando um inferno. 

O exemplo mas interessante é o de uma leitora que foi morar na Espanha com seu novo amor, mas que acabou passando por situações terríveis. 

Ok, ele era um cara "super legal", mas seus amigos e parentes não gostaram nenhum pouco dela. Faziam piadinhas, falavam que ela não tinha onde cair morta, por isso tinha arrumado um otário para esfolar.   

Então ela me escreveu contando o que estava passando, que o amava muito, mas que este amor não era tão grande para aguentar sua falta de pulso. Oras, ela era a namorada dele, no mínimo merecia respeito. 

Mas não, todo mundo - parentes e amigos-  fizeram de tudo para ela ir embora.     

Um outro caso interessante foi o de uma garota que resolveu fazer uma surpresa para o seu grande amor. 

E não tinha o que dar erado, pois ele vivia falando que era louco por ela, que mal via a hora de estarem juntos, por isso ela pegou um ônibus, viajou mais de dez horas até a cidade dele, e assim que chegou, mesmo morta de cansaço por ter viajado a noite toda, telefonou avisando que estava à espera dele, na rodoviária, louca por aquele beijo que ele prometeu que lhe daria quando se encontrassem pela primeira vez...

Para resumir, ele foi até a rodoviária, deu um "selinho" e perguntou como ela estava passando. Depois, sem ao menos pegar em suas mãos, ele caminhou com ela até o centro e tomaram umas cervejas. 

E ela, que esperava aquela noite de sexo, com direito a todas as loucuras que ele prometia que iria fazer, acabou voltando no mesmo dia para sua cidade. 

Caramba, dez horas pra ir, dez horas para voltar, e nem deu uma bimbadinha?    

Mas é claro que eu também tenho um exemplo positivo:

 Quando conheci a Carla, ela morava no Rio Grande do Sul. E eu que não estava nem um pouco interessado em viver um amor à distância, em pouco tempo a chamei para morar comigo, em São Paulo.  

Não era nada certo, não havia a certeza de que juntos as coisas seriam tão boas quanto à distância, mas era preciso tentar, colocar aquele amor à prova. 

Bem, já estamos casados há 12 anos.   
   

3 comentários:

Raquel disse...

Gostei da matéria e vou contar minha experiencia.
Conheci um portugues pela internet e "namoramos" 1 ano, ate que resolvemos em conjunto que eu fosse até Portugal para nos encontrarmos e nao nos separarmos mais (sim, foi assim desse jeito). Assim como a colega que namorou o espanhol, a familia dele tb nao gostou nenhum pouco de mim. Sofri xenofobia descaradamente (eles nao faziam nem quetao de disfacar), coisa de eu acabar de conhecer uma parte da familia, sentarmos todos a mesa e o papo rolar entre ele e nao falarem uma palavra comigo, sequer uma vez. O basico: onde vc trabalha, estuda, tem quantos anos, fez boa viagem, nada, nenhuma palavra, eu nao estava ali naquela mesa. Eu nao existia. Isso se repetiu em todos os encontros, friso. Foi uma sensacao hor-ri-vel. Sem falar na mae dele que ligava ininterruptas vezes para ele quando estavamos juntos fazendo fofocas, causando intrigas e muitas outras coisas.Chegou ao ponto de ligar pra ele certo dia falando que ia na delegacia me denunciar por maus tratos ao filho dela. Sem contar, mas ja contando, que ela teve a maldade de esconder (o proprio filho dela, meu namorado me contou) a correspondencia do meu banco que vinha a senha do meu cartao de credito (que eu tinha perdido e ela sabia que ia chegar essa carta com a senha) e eu passei um perrengue danado no exterior, sem dinheiro nenhum, ligando varias horas e varios dias para o banco aqui no Brasil para mandarem outro cartao, outra senha, para darem um jeito que eu estava duraaaaaa fora do Brasil!!! (eles resolveram tá, gente? So para vcs saberem). Mas foi uma situacao que nao desejo pra ninguem, viu?
Entao foi que, depois disso tudo, cheguei ao meu limite! Cobrei dele uma postura, uma posicao, uma imposicao na verdade, mas ele nada fez. Nem uma palavra sobre nao falarem comigo, sobre o que mae dele fazia, nada. Ele so dizia: - familia é assim mesmo e que nao podia fazer nada.
Aluguei uma casa pra mim e sai de perto deles, até terminar meu visto (6 meses) eu fui embora. Ele chorou, esperneou, dizia que ia morrer sem mim, mas nem ao aeroporto foi para tentar alguma reconciliacao.
Depois que voltei ainda dei a palavra a ele (depois de 3 meses) para ver se o condenado tinha aprendido alguma coisa, mas ele continuava com o discurso de que familia e assim mesmo. Pedia para eu deixar ele vir morar comigo no Brasil, que me amava e que ele ia PEDIR a familia dele para passar a me tratar bem e falar comigo. E por fim, disse que eu tb tinha que fazer a MINHA PARTE para que tudo ficasse bem com eles. Tendo ele dito essa ultima frase eu me afastei definitivamente, porque fui um amor de pessoa com todos eles e tenho muito orgulho da minha indole e educacao. Saí de lá no salto, cabeca erguida e dona do meu nariz e do meu amor próprio.
So queria ressaltar, por fim, que eu nao representei na cabeca daquelas pessoas a possivel golpista que queria tirar vantagem do menininho deles. Sou uma pessoa independente e bem sucedida (mais que eles que sao pessoas pobres e de poucos recursos, mas o nariz?? Em peééééééééé que só).
Enfim, que as meninas que estejam lendo isso tentem ser menos ingenuas que eu, confesso que naquela altura fui bastante. Sofri muito por conta de tudo que passei lá, claro, nao sou de ferro. Chorei horrores, tentava conversar com ele, fazer o que eu achava que podia fazer, que era dialogar com ele, mas jamais, JAMAIS, eu iria aceitar um tratamento de terceira linha como o que recebi. E que nenhuma mulher tb aceite, ouviram?
Beijos e abracos!!!!!

Raquel disse...

(CORRIGIDO ALGUNS ERROS DE DIGITACAO, FAVOR POSTAR ESSE e nao o outro)

Gostei da matéria e vou contar minha experiencia.
Conheci um portugues pela internet e "namoramos" 1 ano, ate que resolvemos em conjunto que eu fosse até Portugal para nos encontrarmos e nao nos separarmos mais (sim, foi assim desse jeito). Assim como a colega que namorou o espanhol, a familia dele tb nao gostou nenhum pouco de mim. Sofri xenofobia descaradamente (eles nao faziam nem questao de disfacar), coisa de eu acabar de conhecer uma parte da familia, sentarmos todos a mesa e o papo rolar entre eles e nao falarem uma palavra comigo, sequer uma vez. Nem o basico: onde vc trabalha, estuda, tem quantos anos, fez boa viagem, nada, nenhuma palavra, eu nao estava ali naquela mesa. Eu nao existia. E isso se repetiu em todos os encontros, friso. Foi uma sensacao hor-ri-vel. Sem falar na mae dele que ligava ininterruptas vezes para ele quando estavamos juntos fazendo fofocas, causando intrigas e muitas outras coisas.Chegou ao ponto de ligar pra ele certo dia falando que ia na delegacia me denunciar por maus tratos ao filho dela. Sem contar, mas ja contando, que ela teve a maldade de esconder (o proprio filho dela, meu namorado me contou) a correspondencia do meu banco que vinha a senha do meu cartao de credito (que eu tinha perdido e ela sabia que ia chegar essa carta com a senha) e eu passei um perrengue danado no exterior, sem dinheiro nenhum, ligando varias horas e varios dias para o banco aqui no Brasil para mandarem outro cartao, outra senha, para darem um jeito que eu estava duraaaaaa fora do Brasil!!! (eles resolveram tá, gente? So para vcs saberem). Mas foi uma situacao que nao desejo pra ninguem, viu?
Entao foi que, depois disso tudo, cheguei ao meu limite! Cobrei dele uma postura, uma posicao, uma imposicao na verdade, mas ele nada fez. Nem uma palavra sobre nao falarem comigo, sobre o que mae dele fazia, nada. Ele so dizia: - familia é assim mesmo e que nao podia fazer nada.
Aluguei uma casa pra mim e sai de perto deles, até terminar meu visto (6 meses) eu fui embora. Ele chorou, esperneou, dizia que ia morrer sem mim, mas nem ao aeroporto foi para tentar alguma reconciliacao.
Depois que voltei ainda dei a palavra a ele (depois de 3 meses) para ver se o condenado tinha aprendido alguma coisa, mas ele continuava com o discurso de que familia e assim mesmo. Pedia para eu deixar ele vir morar comigo no Brasil, que me amava e que ele ia PEDIR a familia dele para passar a me tratar bem e falar comigo. E por fim, disse que eu tb tinha que fazer a MINHA PARTE para que tudo ficasse bem com eles. Tendo ele dito essa ultima frase eu me afastei definitivamente, porque fui um amor de pessoa com todos eles e tenho muito orgulho da minha indole e educacao. Saí de lá no salto, cabeca erguida e dona do meu nariz e do meu amor próprio.
So queria ressaltar, por fim, que eu nao representei na cabeca daquelas pessoas a possivel golpista que queria tirar vantagem do menininho deles. Sou uma pessoa independente e bem sucedida (mais que eles que sao pessoas pobres e de poucos recursos, mas o nariz?? Em peééééééééé que só).
Enfim, que as meninas que estejam lendo isso tentem ser menos ingenuas que eu, confesso que naquela altura fui bastante. Sofri muito por conta de tudo que passei lá, claro, nao sou de ferro. Chorei horrores, tentava conversar com ele, fazer o que eu achava que podia fazer, que era dialogar com ele, mas jamais, JAMAIS, eu iria aceitar um tratamento de terceira linha como o que recebi. E que nenhuma mulher tb aceite, ouviram?
Beijos e abracos!!!!!

Paulo Almeida disse...

Muito obrigado por esse depoimento, pois sua experiência ajudará muitas garotas. É triste saber que quem amamos não está do nosso lado, não faz nada por nós, mas pelo menos vc se livrou de um relacionamento que tinha tudo para piorar

O VÍCIO DA ILUSÃO