sábado, 4 de março de 2017

MAS QUE NOME ESTRANHO ELE TEM.



Me Chama de Coisinha, mesmo.



Você que já teve seu lindo nome pixado nos muros da vida, com uma linda declaração de amor, como "Sabrina, eu te amo", já parou para imaginar a frustração de alguém que, por uma dessas sacanagens que os pais fazem com os filhos, acabou ganhando um nome horroroso, como Vaginaldo, por exemplo?

Sei que o nome não tem muito a ver, mas como você apresentaria seu namorado, se ele tivesse esse nome? 

"Olá, este é meu namorado, o Naldo", "Naldo de Reginaldo?"..."Não...de Vaginaldo!"

E se ele ainda usar cavanhaque, vai acabar ligando o nome a pessoa, claro! 

Por exemplo, se alguém se esquecer do nome, é só olhar para o cavanhaque e arriscar:

"Tudo bem, Xoxotildo?...Perdão, eu quis dizer Vaginildo...Como?...É Vaginaldo?"

Por isso, se você acabou de conhecer um carinha que não tem um nome lá muito apreciável, entenda que não é culpa dele. Pombas, antes de dar um fora no gatinho só porque o infeliz do pai resolveu colocar um nome ridículo como Adolf Hitler da Silva, entenda que nem sempre a idiotice é genética.

Aliás, se existe algo que este homem entenderá é a palavra preconceito, já que deve ter passado o diabo nas mãos dos coleguinhas de escola. 

Eu sei que fica difícil não cair na gargalhada, da mesma maneira que entendo perfeitamente este medo que sente ao se imaginar casando com ele: 

"Senhora Camila de tal, aceita o senhor Adolf Hitler como seu legitimo esposo?" 

E o drama que vai ser convencer os amigos e parentes que ele não tem nada a ver com o nome? 

"Gente, ele não é nazista! O pai dele é que era maluco!"

Nesse caso o mais importante é jamais deixar o pai transmitir o nome ao filho - Hitler Junior já é muito para aguentar.

Pior que ter um nome feio é não poder usar o sobrenome sem provocar risos. Já imaginou a barra que é carregar um sobrenome "Pinto Broxado"? O infeliz vai ter que passar a vida inteira tentando se explicar: 

"É só o sobrenome, minha filha..."

E que barra é ter que encarar serviço militar e seus inconvenientes. Meu amigo Miguel Aralios, que é filho de gregos, acabou sendo dispensado de usar o sobrenome, já que o capitão achou que Aralios, para virar palavrão só precisava de uma letra C - então ele virou soldado Miguel, mesmo!

Tem gente que acha errado quando alguém despreza o próprio nome, mas, diante das leis medievais do Brasil - que ainda dificultam ao máximo a troca de nomes -, é perfeitamente normal alguém preferir ser chamado de Lucas, Silvia ou Marcos, tudo menos Itupiciaguara, Valedivino, Creuzo, Independência do Brasil ( acredite, conheci uma mulher com este nome!) e outras coisas que os pais inventam para condenar os filhos às chacotas, como Forest Gump, por exemplo.

Nossa, eu conheço um rapaz que prefere morrer do que ouvir pela milionésima vez," Corre, Forest! Corre Forest!! "

Ah, com relação a Itupiciaguara - uma senhora com 78 anos e orgulhosa do nome indígena - a melhor saída foi exigir que só a chamassem por Dona Sônia, já que todas as vezes que tinha que dizer o nome, precisava repetir várias vezes até entenderem que não era Jupiciara, Taiguara, Picaseavara e outras coisas impronunciáveis.


Mas existem alguns nomes que causam muito mais confusão, como o nome de uma senhora, Berdha. No país dela, a Suíça, Berdha jamais causaria nenhum tipo de dor de cabeça, mas era só a pobrezinha atender o telefone para começar a confusão:
 "Alô, quem está falando?", "É a Berdha..." 

E do outro lado da linha, puto da vida, o sujeito respondia antes de bater o telefone:
"Vai a senhora, sua grossa!!"

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